Cooperação internacional em projetos culturais sobre a Antártica

Boa notícia para artistas que se interessam por temas relacionados às relações internacionais e meio ambiente:

A Argentina propôs ao Conselho Consultivo do Tratado da Antártica a Resolução 5/2013, cujo item 15 trata de assuntos educacionais. Denominado International cooperation in cultural projects about Antarctica, o Working Paper 57 (WP 57) ressalta a importância de envolver educadores e artistas do mundo todo nos projetos de cooperação internacional e pesquisa realizados no continente.

Abaixo alguns dos temas já aprovados:

• Information Paper 10 (IP 10) Presentación del libro infantil: “La aventura de un osito polar perdido en la Antártida” (Venezuela);

• IP 17 El plan científico antártico argentino: una visión para el mediano plazo (Argentina);

• Background Paper 18 (BP 18) III Concurso Intercolegial sobre Temas Antárticos, CITA 2012 (Ecuador);

• BP 22 Examples of educational and outreach activities of the Belgian scientists, school teachers and associations in 2009-2012 (Belgium). 

O Secretariado do Tratado da Antártica fica em Buenos Aires – Argentina
Tel: +54 11 4320 4260
Fax: +54 11 4320 4253

O site da publicação digital dos relatórios dos encontros das partes consultivas do Tratado é www.ats.aq. Em maio de 2014 realizou-se em Brasília o 37º Encontro das Partes Consultivas, cujo relatório encontra-se em https://nsidc.org/noaa/iicwg/presentations/IICWG-2013/Holfort_Report_from_36th_ATCM.pdf

download

ARE YOU SERIOUS?!?

Resistência Heavy Metal ao poder punitivo

Por Alexandre Morais da Rosa e Salah H. Khaled Jr.

Publicado por Wagner Francesco1 dia atrás

51

Resistncia Heavy Metal ao poder punitivo

Cuidado. Se os seus filhos escutam Heavy Metal é bem provável que se tornem delinquentes juvenis dentro de alguns anos. É o que diz um estudo realizado na Holanda e publicado na edição de janeiro de 2013 da Pediatric, periódico oficial da Academia Americana de Pediatria, que identifica o gosto musical como fator de risco para conduta antissocial.

A pesquisa em questão foi desenvolvida por professores da Universidade de Utrecht e acompanhou 149 meninos e 160 meninas com idade entre 12 e 16 anos, durante um período de quatro anos. Os pesquisadores constataram que havia uma conexão entre o hábito de ouvir música rebelde e o comportamento desviante, particularmente com rompimento de comandos normativos relacionados a vandalismo, uso de drogas e álcool, assim como pela tendência em dirigir em alta velocidade.

Para os professores Tom ter Bogt e Loes Keijsers, esse hábito tem consequências sociais adversas: faz com que os adolescentes convivam com outros jovens com gostos musicais similares, “infectando” seus amigos com seu comportamento desviado, em uma espiral ascendente de rebeldia, que aprofunda cada vez mais o desvio. Os pesquisadores não fizeram relação direta entre o que chamam de “delinquência de pequeno porte” (por eles entendida como tentativa juvenil de exploração de normas sociais) e criminalidade adulta, deixando para pesquisas futuras a exploração entre essas condutas e problemas comportamentais que persistem ao longo da vida dos indivíduos. Mas anunciaram que pretendem continuar acompanhando a trajetória de seus “objetos de estudo”. (leia o artigo original aqui).

Entrevistado pelo Toronto Star, o Dr. Tom Ter Bogt, da Universidade Utrecht, da Holanda, disse ter “ficado chocado” com os resultados. “Checamos os dados várias vezes”, disse ele. Para o professor, “os dados mostram que adolescentes que ouvem música clássica ou jazz se comportam de forma muito menos dramática”. Para ele, se o seu filho de 12 anos ouve música barulhenta e rebelde, é preciso tomar cuidado com os tipos de amigos que ele leva para casa: o componente social parece agravar a propensão para rebeldia. Bogt comparou o gosto musical a um termômetro que indica como o comportamento de um adolescente irá progredir. Ele “admitiu” que chegou a escutar som pesado (como Black Sabbath) quando tinha 16 e 17 anos. Disse ter se envolvido em uma ou outra confusão, mas que jamais foi levado à delegacia. “Como a maioria dos garotos, eu amadureci e me tornei um cidadão normal, respeitador da lei”. Como se isso já não bastasse, merece menção a declaração mais inusitada de Bogt: ao confessar que seu filho de 10 anos escuta Justin Bieber e Rammstein, disse que “precisa ficar de olho nele”. (veja a matéria no Toronto Star aqui).

De fato, nos preocuparíamos se nossos filhos sucumbissem ao processo debiebirizaçãojuvenil, mas certamente por motivos inteiramente distintos dos expostos pelo professor Bogt. Não temos como esconder nossas restrições a esse tipo de estudo, que não podem ser inteiramente exploradas aqui. Evidentemente, o pesquisador não tem familiaridade com conclusões assentadas no âmbito da Criminologia. Escondido confortavelmente na cifra negra (ou seja, na criminalidade não conhecida, que não chega ao conhecimento do sistema penal: somos todos criminosos) desfere seus juízos supostamente científicos e neutros, estabelecendo causalidades fantasiosas com base no universo restrito por ele investigado e extrapolando suas conclusões para além de qualquer razoabilidade. Teríamos que nos perguntar sobre a relação de causalidade existente entre a condição de pesquisador e a incapacidade para refletir sobre as suas próprias práticas criminosas, que fazem parte da vida de todos nós, cidadãos normais e (des) respeitadores da lei. Mas esse não é o ponto central. Para quem está familiarizado com as diferentes Criminologia (s), os argumentos soam assustadoramente familiares.

Sim, amigos. A etiologia vive. Quem supõe que o fantasma de Lombroso foi finalmente enterrado deve rever seus conceitos urgentemente. Por todos os lados ainda prospera uma sensibilidade inquisidora, como bem percebeu Maffesoli: trata-se de uma sensibilidade que persegue implacavelmente quem não pensa, não vive e não se porta de acordo com a lógica do “dever ser” a priori imposto pelo poder.[1] Tudo que não se conforma a essa suposta “normalidade” padronizada e tão desejada deve ser interpretado como anomalia e investigado por estudos que não escondem a esperança que os anima: a normalização coercitiva de todas as dimensões da existência humana.

Pesquisas que investigam a gênese da delinquência juvenil prosperam como nunca na Academia. Financiadas com polpudas verbas governamentais, procuram obsessivamente uma conexão entre formas de expressão cultural insurgentes – como é o caso de inúmeras narrativas subversivas nos games, nos quadrinhos e nos gêneros musicais underground – e a suposta correlação com a conduta desviada. Em outra oportunidade discutiremos essas outras dimensões e o pânico moralizante que circula ameaçadoramente sobre elas. O ponto que nos interessa em particular é o sinal de alarme que o heavy metal supostamente deve representar para pais zelosos do bom desenvolvimento dos seus filhos como cidadãos obedientes e ordeiros.

É claro que a suposta correlação entre o Heavy Metal e a delinquência que o estudo levanta carece de uma análise mais aprofundada. Pura e simplesmente dizer que jovens de 12 anos que escutam Heavy Metal são mais propensos a violar a lei aos 16 anos suscita inúmeros questionamentos. Mesmo que a relação seja de algum modo aceita, fica em aberto se os adolescentes mais rebeldes são atraídos pelo HeavyMetal ou se é o contato com o gênero que desencadeia a atitude desviante, posteriormente materializada na “combinação explosiva” de álcool e direção, pequenos furtos, vandalismo e brigas. Essa atitude seria potencializada pelo componente social, o que também evoca discursos criminológicos, considerando que a delinquência é também algo que se aprende (Sutherland). Por outro lado, causa espanto que os “níveis de delinquência” tenham sido medidos através de questionários respondidos pelos adolescentes, em que lhes era solicitado que indicassem a frequência de prática de 14 condutas desviadas. São esses os “dados” cruzados com o gosto musical dos jovens. Os resultados evidentemente são suspeitos: indicam apenas a sinceridade (ou não) dos adolescentes que responderam o questionário e certamente não correspondem de modo exato à realidade. Podem indicar que os jovens que gostam de Heavy Metal se sentem mais à vontade para relatar a prática de condutas desviadas. Ou não. Mas a questão não se restringe a falha metodológica e é preciso enfatizar isso para que fique claro que simplesmente somos contra esse tipo de pesquisa. Mesmo que o método de aferição da delinquência fosse outro, permaneceria a incerteza.

Não existe metodologia de tratamento que resolva o problema empírico de fundo e permita apresentar resultados como fizeram os professores holandeses. Se as referências fossem extraídas de dados policiais, outro componente entraria em questão: os jovens que gostam de Heavy Metal costumam ter uma aparência que se conforma ao imaginário policial, repleto de estereótipos da delinquência: esse ingrediente com certeza seria decisivo para uma identificação mais acentuada de jovens “cabeludos” do que de jovens “normais” que tenham praticados atos de delinquência. Ou seja, mesmo assim não seria possível dizer em que medida o nível de delinquência foi maior, não só porque seriam desconhecidas as taxas efetivas (que permaneceriam na cifra negra), como pelo fato de que a persecução aos jovens que gostam de heavy metal provavelmente teria sido mais extensiva, provocando desvio significativo nas taxas investigadas.

A pesquisa que referimos aqui não está restrita ao Heavy Metal e abarca também outros gêneros, como o hip-hop (particularmente o que chama de gangstarap) e adance music(house, techno, hardhouse). Por uma questão de pertencimento a tradição heavy metal (que está geneticamente codificada em nosso DNA há décadas) iremos concentrar nossos esforços no estilo que nos é caro, demonstrando que para além da satanização midiática e “científica”, o que o caracteriza discursivamente é a celebração da rebeldia contra o poder punitivo.

Incompreendido, satanizado e hostilizado abertamente pela grande mídia, que identifica o gênero com barulho, o estilo abriga grande parte dos maiores músicos da história do rock. No Heavy Metal e no Hard Rock transitam instrumentistas como Eddie Van Halen, Steve Vai, Joe Satriani, Randy Rhoads, Marty Friedman, Neil Peart, Mike Portnoy, Billy Sheehan, Mark Zonder, Joey DeMaio, Steve Harris e inúmeros outros. Sem falar em algumas das maiores vozes da história do Rock and Roll, como Ronnie James Dio, David Byron, Ian Gillan e tantos outros, numerosos demais para serem citados em um artigo de dimensões tão curtas.

Como dissemos anteriormente, o que nos interessa aqui não é particularmente a música, mas sim o aspecto de contracultura do qual o heavy metal definitivamente está impregnado. Trata-se de um gênero que está repleto de hinos que combatem de forma aberta o poder punitivo. São músicas escritas por filhos da classe trabalhadora, por pessoas que historicamente se conformam aos estereótipos da persecução policial e por isso se tornam facilmente alvo privilegiado de sua atuação, mostrando claramente a inversão discursiva necessária e, logo, a reconstrução de significado condizente com a ideologia expressada inúmeras vezes no gênero, nas mais distintas realidades geográficas.

O Heavy Metal é por excelência uma expressão de rebeldia incontida contra o status quo, de insubordinação contra o controle social. Nesse sentido, rejeita explicitamente a adesão ao fantasma do “Grande inquisidor”, o “mestre-escola”, verdadeiro pedagogo social, encarregado de fazer da vida social algo ritmado pela rigorosa organização de atividades programadas.[2] Em outras palavras, os headbangers (não utilizaremos aqui a triste expressão metaleiro, cunhada pela rede Globo no Rock in Rio de 1985) não se conformam ao padrão militante de vida. Sim, nós não nos conformamos, caso o leitor esteja se perguntando, como não deve se conformar ninguém que compreenda que o mundo é fundamentalmente algo a transformar.Maffesoli emprega a metáfora do militante para descrever a vida de acordo com parâmetros pré-estabelecidos: é exigida adesão à causa, impondo-se obediência, o que configura um modelo de organização quadriculada da existência. Os headbangers são o oposto do militante subserviente: vivem fora do padrão. Na margem. E mesmo assim, o gênero prospera desde o final da década de 60, ininterruptamente, voando por baixo do radar midiático e se renovando de geração a geração. São rotineiras as excursões familiares em que pais acompanham os filhos (e até os netos) a shows de bandas icônicas como o Iron Maiden.

As restrições midiáticas ao Heavy Metal não são produto do acaso. Não é por outro motivo que o estiloincomoda e gera tanto desprezo, particularmente para os mais pudicos adeptos do moralismo de plantão. Muitos são fervorosos defensores do silêncio. E o silêncio, como já dissemos em outro artigo, é típico de ditaduras (veja aqui). Naquela oportunidade, dissemos que infelizmente existem pessoas que adoram jaulas e mordaças. Que não suportam o diferente e que somente dormem tranquilas quando prospera a mesmidade das coisas. O Heavy Metal é o outro. O monstro, o ameaçador, a força bruta de natureza contestatória que não é adestrada pela sinfonia midiática de subordinação ao status quo e que contesta abertamente o poder punitivo e a militarização da vida, como veremos a seguir, através de algumas letras emblemáticas.

Alertamos que fizemos apenas um pequeno compilado de músicas, com base em nosso próprio critério de predileção: são hinos contra a guerra, contra a pena privativa de liberdade, contra a pena de morte, contra a criminalização, contra a seletividade, contra a desigualdade social e assim por diante. Músicas que se coadunam com nosso espírito herético de confronto com o poder punitivo e de luta por avanços democráticos e construção de espaços de respeito ao outro em sua diversidade. Infelizmente, uma análise mais detalhada das narrativas abaixo terá que ficar para outra oportunidade, em um projeto de maiores dimensões.[3]


Alexandre Morais da Rosa é Doutor em Direito, Professor Universitário (UFSC e UNIVALI) e Juiz de Direito.

Salah H. Khaled Jr. é Doutor e Mestre em Ciências Criminais (PUCRS) e Mestre em História (UFRGS). É Professor adjunto de Direito penal, Criminologia, Sistemas Processuais Penais e História das Ideias Jurídicas da Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Professor Permanente do Mestrado em Direito e Justiça Social da Universidade Federal do Rio Grande – FURG. Líder do Grupo de Pesquisa Hermenêutica e Ciências Criminais (FURG/CNPq). Autor de A Busca da Verdade no Processo Penal: Para Além da Ambição Inquisitorial, editora Atlas, 2013.


1] MAFFESOLI, Michel. O instante eterno: o retorno do trágico nas sociedades pós-modernas. São Paulo: Zouk, 2003.

[2] MAFFESOLI, Michel. A Violência Totalitária. Porto Alegre: Sulina, 2001.1] MAFFESOLI, Michel. O instante eterno: o retorno do trágico nas sociedades pós-modernas. São Paulo: Zouk, 2003.

[3] Nosso projeto ainda terá que esperar. Por enquanto recomendamos as obrasCriminologia Cultural e Rock, de Carvalho, Link, Mayora & Pinto Neto e Direito & Rock, de Germano Schwartz.


Fonte: Justificando

Wagner Francesco

Wagner Francesco

teólogo e acadêmico de Direito.

Nascido no interior da Bahia, Conceição do Coité, formado em teologia e estudante de Direito. Pesquiso nas áreas da Teologia da Libertação e as obras do Karl Marx e Jacques Lacan aplicadas ao Direito.

Machiavel + Alice Cooper = Principado do Rock

É sempre bom (re) ler Machiavel sob diferentes lentes. Melhor ainda quando acompanhado de um contemporâneo tão crítico e ativo socialmente como tem sido o músico Alice Cooper.

DSCN9143 DSCN9144 RSCN9141DSCN9138

Neste “Raise Your Fist and Yell (WEA, 1988), Alice desfia críticas e farpas contra tudo e contra todos, não sem merecimento. Detrator de governos expansionistas como o de seu país, os EUA, Cooper não poupa palavras causticas, como as de Freedom (1988): 

“Freedom”

We the people of the United States
In order to form a more perfect union
Stop pretending that you’ve never been bad You’re never wrong and you’ve never been dirty You’re such a saint, that ain’t the way we see you You want to rule us with an iron hand You change the lyrics and become Big Brother This ain’t Russia, you ain’t my Dad or Mother (They never knew anyway)
‘Cuz I never walk away from what I know is right
But I’m gonna turn my back on you
Freedom, we’re gonna ring the bell
Freedom to rock, freedom to talk
Freedom, raise your fist and yell
Freedom to rock, freedom to talk
Freedom-ring
You’re playing God from your ivory tower
Back off preacher, I don’t care if it’s Sunday
I ain’t no angel, but I never felt better
We’re a make-up metal generation
We’re not as stupid as you want to make us
You better leave us man
‘Cuz you sure can’t take us
Nobody better tell you how to live your life
You gotta do it on your own
Freedom, we’re gonna ring the bell
Freedom to rock, freedom to talk
Freedom, raise your fist and yell
Freedom to rock, freedom to talk
Freedom-ring
Cuz I never walk away from what I know is right
But I’m gonna turn my back on you
Freedom, we’re gonna ring the bell
Freedom to rock, freedom to talk
Freedom, raise your fist and yell
Freedom
 

 

31 de julho de 2014: cem anos do assassinato de Jean Jaurès e seu socialismo do possível

Canções e Relações Internacionais

Jean Jaurès é uma figura ímpar na história política francesa, além de expoente do socialismo internacional. Sem jamais ser radical, porém, evitando todo sectarismo, o político, nascido a 3 de setembro de 1859, lutou fervorosamente pela abolição da pena de morte e pela liberdade de imprensa. Foi patrono da imprensa francesa, criador do jornal l’Humanité.

DSCN8873RSCN8895

Jaurès demonstra seu socialismo independente ao lutar pela inocência de um oficial burguês, Dreyfus, acusado de indisciplina pelo conselho de guerra. Esta foi a sua maneira de combater a implacável lei da raison d’État (razão de Estado), aplicada a um crime jurídico. Jean Jaurès não se furtou, como socialista, de defender um burguês, pondo em prática o princípio de abertura à diversidade social necessária à política internacional.

RSCN8890RSCN8892

Como faz falta à política internacional uma figura como Jaurès?! E quão estranho é sua quase que completa ausência de nossos livros e textos de relações internacionais?! Como…

Ver o post original 77 mais palavras

31 de julho de 2014: cem anos do assassinato de Jean Jaurès e seu socialismo possível

Jean Jaurès é uma figura ímpar na história política francesa, além de expoente do socialismo internacional. Sem jamais ser radical, porém, evitando todo sectarismo, o político, nascido a 3 de setembro de 1859, lutou fervorosamente pela abolição da pena de morte e pela liberdade de imprensa. Foi patrono da imprensa francesa, criador do jornal l’Humanité.

DSCN8873RSCN8895

Jaurès demonstra seu socialismo independente ao lutar pela inocência de um oficial burguês, Dreyfus, acusado de indisciplina pelo conselho de guerra. Esta foi a sua maneira de combater a implacável lei da raison d’État (razão de Estado), aplicada a um crime jurídico. Jean Jaurès não se furtou, como socialista, de defender um burguês, pondo em prática o princípio de abertura à diversidade social necessária à política internacional.

RSCN8890RSCN8892

 

Como faz falta à política internacional uma figura como Jaurès?! E quão estranho é sua quase que completa ausência de nossos livros e textos de relações internacionais?! Como compreender o republicanismo socialista deste visionário e sua firme convicção de que a revolução socialista deveria ser feita a passos pequenos e firmes, buscando uma utopia coletivista após a outra?! Como, se não estudamos e não conhecemos seu pensamento?!

RSCN8902RSCN8903

 

RSCN8913RSCN8917

 

RSCN8918RSCN8893

Como entender alguém que lutava pela paz, mas não a qualquer preço?! FICA A DICA: JEAN JAURÈS E O SOCIALISMO DO POSSÍVELDSCN8866RSCN8871

 

Façamos como Jacques Brel (1977) e perguntemos: Porquoi ont-ils tué Jaurès?! POR QUAL MOTIVO MATARAM JAURÈS?!